Com o aumento significativo na procura por procedimentos estéticos, cresce também o número de clínicas clandestinas e de falsos profissionais atuando na área. O fenômeno, impulsionado por padrões de beleza cada vez mais exigentes, tem gerado preocupação entre especialistas e autoridades da saúde, devido aos riscos que representa à população.

Em junho de 2024, um homem morreu após realizar um peeling de fenol, procedimento que promete reduzir marcas no rosto. De acordo com as investigações, a pessoa responsável não possuía habilitação para executar a técnica. O caso expôs a gravidade do problema e reacendeu o debate sobre a importância de fiscalização e da conscientização na escolha de profissionais qualificados.

Outro fator que tem contribuído para a proliferação desses procedimentos é o papel das redes sociais. Diversos influenciadores digitais compartilham seus tratamentos estéticos, despertando no público o desejo de alcançar resultados semelhantes. Esse movimento reforça a pressão estética, levando muitas pessoas a acreditarem que precisam modificar a aparência para se encaixar nos padrões impostos pela sociedade.

A pressão estética, segundo especialistas, pode desencadear sérios problemas psicológicos. Muitas pessoas passam a enxergar “defeitos” em si mesmas e, movidas pela insatisfação, buscam procedimentos para corrigir o que consideram imperfeições. Quando não possuem condições financeiras para realizá-los, podem desenvolver distorções de imagem e transtornos mais graves, como bulimia e anorexia, em uma tentativa de alcançar um padrão de beleza inatingível.

Apesar da popularização das intervenções estéticas, profissionais alertam para a importância de buscar clínicas regulamentadas e especialistas certificados. 

Por: Katherine Gomes

Revisado e editado por: Carol Soutto